top of page

Cultura

Aqui você irá encontrar as nossas principais fontes de inspiração, nossas raízes.

Baião

 

 É uma dança muito popular no interior do Nordeste brasileiro; denomina, também, o gênero de música tocada nessas festas e um pequeno trecho musical executado pelos cantadores de viola nos intervalos dos improvisos de uma cantoria. O conjunto típico exigido pelo baião (baile e música) inclui sanfona, triângulo e zabumba.

Caboclinhos

 

 Caboclinhos, ou cabocolinhos são grupos fantasiados de indígenas, com pequenas flautas e pífanos, que percorrem as ruas nos dias de carnaval nas cidades do Nordeste brasileiro. Executam um bailado primário, ritmado ao som da pancada das flechas nos arcos, fingindo ataque e defesa, em série de saltos e simples troca-pés. Não há enredo nem fio temático nesse bailado, cuja significação visível será a da apresentação das danças indígenas aos brancos nos dias de festa militar ou religiosa. Outrora os caboclinhos visitavam os pátios das igrejas antes do alardo nas ruas, lembrados da passada função homenageadora. É uma reminiscência do antigo desfile indígena, com a dança, os instrumentos de sopro e o ruído dos arcos guerreiros. (Luís da Câmara Cascudo, in Dicionário do Folclore Brasileiro). Os caboclinhos ainda hoje constituem uma das grandes atrações do carnaval de Recife.Os mais antigos caboclinhos de Pernambuco são as tribos Canidés (1897), Carijós (1897), Taperaguases (1916), Caboclos Tupy (1933), Tabajaras (1956) e Tapirapés (1957).

Embolada

 

 Embolada Canto, geralmente improvisado, com refrão fixo para o desafio dos dois emboladores que se enfrentam de maneira semelhante aos repentistas da viola - a diferença é que, na embolada, o instrumento é o pandeiro. Muito comum no litoral nordestino. A briga se dá em forma de sextilha. Também é comum um único embolador se apresentar para uma roda de curiosos -neste caso, o poeta usa seus versos para satirizar a platéia, mas sem agredi-la, e pedir dinheiro.

Cantador

 

 Poeta popular que se apresenta, geralmente em dupla, nas feiras e salões do Nordeste, fazendo versos de improviso ao som da viola. O mesmo que violeiro. Distingue-se do autor de folhetos de Cordel que escreve os romances em versos ,mas é incapaz de improvisar. A apresentação de dois cantadores é denominada cantoria ou desafio. Em geral, as cantorias são disputas acirradas e vence o cantador que melhor se sair nos improvisos, sendo a viola dedilhada apenas para intercalar os versos.

xaxado

 

 Dança exclusivamente masculina, originária do sertão de Pernambuco e, segundo Luís da Câmara Cascudo (Dicionário do Folclore Brasileiro), divulgada até regiões da Bahia pelo cangaceiro Lampião e pelos integrantes do seu bando. Segundo o poeta Jaime Griz, Lampião não foi o inventor da dança (que já era conhecida no sertão e agreste pernambucanos desde 1922), mas apenas seu divulgador. A dança é um rápido e deslizado sapateado. Originalmente, não tinha acompanhamento instrumental, os dançarinos apenas repetiam, em uníssono, a quadra e o refrão. No caso dos cangaceiros, justificava-se a ausência da figura feminina porque o rifle era a dama. Posteriormente, o xaxado ganhou acompanhamento musical - zabumba, pífano, triângulo, sanfona-e passou a aceitar a participação de mulheres.

galo da madrugada

 

 Galo da Madrugada, Bloco carnavalesco recifense, o Clube de Máscaras Galo da Madrugada está no Guiness Book como a agremiação carnavalesca que arrasta o maior número de foliões em todo o Mundo. Fundado em 1977, participou do carnaval pela primeira vez em 1978, quando seus fundadores realizaram um pequeno desfile pelas ruas do bairro de São José, no Recife. A intenção era criar um clube de frevo, com o objetivo de animar o carnaval de rua da capital pernambucana, que, naquela época, praticamente inexistia se comparado à festa de rua da vizinha cidade de Olinda. Atualmente, de tão grande, o Galo já não consegue sair às ruas na madrugada do sábado, seu desfile acontece ao longo de todo o dia e pára completamente o centro do Recife.

frevo

 

 Música característica do carnaval pernambucano surgiu no Recife por volta de 1900. É uma espécie de marcha de ritmo sincopado e frenético, que é sua característica principal. O frevo-canção ou marcha-canção possui uma parte introdutória instrumental e outra cantada, tendo como letra temas dos mais variados.

 

Desde o início, o frevo foi um sentimento pernambucano. Algo que se sente no meio do povo, um “apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai-e-vem em direções opostas como pelo Carnaval” - é a definição de Pereira da Costa, no seu antigo Vocabulário Pernambucano. Frevo deriva de “ferver”, ou “frever” na boca do povo

mamulengo

 

 Representação dramática por meio de bonecos, em um pequeno palco elevado, sendo que, atrás de uma cortina, esconde-se uma ou mais pessoas que fazem com os bonecos ganhem vida, movimentando-se e falando. Os bonecos são animados pela mão do encenador da seguinte forma: o dedo indicador movimenta a cabeça; o médio e o polegar, os braços. Os mamulengos entre nós são mais ou menos o que os franceses chamam de marionette ou polichinele (Luís da Câmara Carcuso, in Dicionário do Folclore Brasileiro). Os bonecos (de pano e madeira) representam gente e bichos e participam de narrativas (falas e dança) de interesse social ou de puro entretenimento. Segundo Mauro Mota, poeta e pesquisador da cultura popular nordestina, os teatrinhos de fantoche foram introduzidos em Pernambuco no Século XVI. De inspiração no catolicismo alegórico da Idade Média, o mamulengo tem origem na coleção de figuras (além dos santos e dos reis magos, a vaca, o jumento e as ovelhas) dos presépios armados durante o Natal. Aparece em várias festas populares do ano. 

vaquejada

 

 Festa popular no interior do Nordeste brasileiro, consiste na derrubada do boi, por parte de dois vaqueiros montados a cavalo. O vaqueiro que corre à esquerda tem a tarefa de conservar o animal em determinada direção, para facilitar o trabalho do companheiro que é derrubar o boi puxando-o pela cauda. Luís da Câmara Cascudo, autor do Dicionário do Folclore Brasileiro, diz como teria surgido a vaquejada: Antigamente, o gado no Nordeste era criado, como no Sul, nos campos e pastagens indivisos; a reunião do gado anunciava a divisão, entrega das rezes aos seus proprietários, a apartação; uma certa parte do gado era reservada para a vaquejada, o folguedo. Atualmente, existem no Nordeste circuitos de vaquejadas organizados, promovidos por associações e federações que determinam as regras da competição, desde a premiação (os prêmios incluem automóveis), extensão da pista de corrida, etc.

maracatu

 

Seu registro mais antigo é de Olinda, 1711. Nasceu da tradição do Rei do Congo, implantada pelos portugueses. Sua dança, marcada tradicionalmente e exclusivamente por instrumentos de percussão, contém fortes elementos místicos que fazem lembrar o Candomblé. Baianas e Damas do Paço exibem coreografia complexa; os demais se movimentam de modo mais discreto. As damas do Paço carregam as Calungas, bonecas de origem religiosa, reminiscência de cultos fetichistas. A dança com as Calungas é obrigatória na porta das igrejas, representando um à Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Quando visita o Candomblé, o Maracatu homenageia os Orixás

bottom of page