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Personalidades

Caso tenha foto de alguém que considera personalidade, nos envie, para que não só você o considere personalidade mais todos que acessem este site. Estamos esperando a indicação de sua personalidade através do e-mail saojosedoegitope@yahoo.com.br 

          Jó Patriota de Lima, filho de Geminiano Joaquim de Lima e Rita Neves da Silva, nasceu em 01 de janeiro de 1929 no sítio Cacimbas, localidade de Itapetim que na época pertencia a Sâo José do Egito.

 

         Viveu durante a infância na zona rural com os seis irmãos. Sua 1ª viola foi presente da irmã Maura que o incentivava a desenvolver esse mérito artístico.

          Jó Patriota participou de vários Congressos e escreveu "Na Senda do Lirismo", um livro que já caminha em sua 3ª edição. É inquestionavelmente, um dos nossos mais extraordinários poetas.
         

           Viveu desde a juventude em São José do Egito. Casou-se com Das Neves Marinho(filha do poeta Antônio Marinho) com teve dois filhos: Antônio de Marmo e Adriano. Vítima de um enfarte, faleceu no dia 11 e foi sepultado no dia 12 de outubro de 1992.

 "Passa tudo na vida, tudo passa,
 Mas nem tudo que passa a gente esquece"

 (mote dado por Das Neves Marinho)

 

 Passa dia por mês e mês por ano
 Passa ano por era, era por fase
 Nessa base tão triste eu vejo a base
 Do destino passar de plano em plano
 Com a mão da saudade o desengano
 Passa dando um adeus fazendo um S
 Vem a mágoa o prazer desaparece
 Quando chega a velhice, foge a graça,
 
Passa tudo na vida, tudo passa,
 Mas nem tudo que passa a gente esquece.

            Milonga é um desses doidinhos de estrada do qual ninguém sabe o seu verdadeiro nome, nem de onde veio; o fato é que chegou em São José ainda jovem, foi ficando e conquistando a simpatia da população ao ponto de ser considerado hoje, após o falecimento do inigualável Biu, o doido mais importante da cidade. Milonga está presumilvelmante estava entre os sessenta e oito pra setenta anos de idade, vivia na rua, se alimentava de sobras que lhe davam e gozava do mais pleno direito de liberdade que pode ter um ser humano; à noite, quando chegava o sono, dormia ali mesmo na calçada onde estivesse, sem ser importunado por ninguém.

     Como todo doido, Milonga tinha suas manias. Portador de um comportamento que nos lembra o dos autistas, ele saía catando pontas de cigarro pela rua, batia no ombro das pessoas, andava uns vinte ou trinta metros e voltava para o mesmo lugar, falava de novo com a mesma pessoa e assim fazia o tempo todo, sem parar por motivo algum. Nada no mundo era bastante importante para chamar sua atenção.

Um dia, num fim de feira em São José, estavam uns notáveis da cidade reunidos numa roda discutindo os mais elevados destinos da humanidade. Eram uns cinco ou seis comerciantes ricaços, gente muito importante do lugar. Os comentários de notícias de jornais e de rádio que versavam sobre finanças, política internacional e outros grandes temas, discorridos naquela roda, eram testemunhados por pobre matutinho que a tudo assisia sem dar a sua opinião e também sem compreender aquela conversa, com o saco da feira ainda vazio enrolado na mão, se sentindo a pessoa mais importante do planeta, por ter o privilégio de estar ali junto de gente tão importante.
           Milonga, no seu ofício de catador, passa e observa a cena: os homens conversando e o matutinho de boca aberta, ouvindo tudo aquilo e sem nada entender, embora desconfiando de que se trata de assunto muito sério e ele, só ele, estava ali tendo o privilégio de ouvir.
               Milonga passa uma vez e volta, se afasta alguns metros e volta outra vez, e impaciente pega o coitado pelo braço e adverte:
    _Olha, se eu fosse tu saía daí!
 O ingênuo ainda pergunta:
 _Sair "pru quê?"
 E milonga:
 _"Pruquê" vão terminar sortando uma bufa aí e dizendo que foi tu!

Antônio Marinho, a maioria dos seus versos não foram registrados, ficaram na memória do povo.

     Tinha como características principais às respostas cômicas a seus contedores e espantosa rapidez no improviso.

    No final da década de 1930, ao retornar de uma viagem, participa de uma cantoria com um antigo parceiro e este indaga como fora à andança?

Antônio Marinho responde:

"Eu só fui a Espinharas

Porque a precisão obriga

Mas fui com muita saudade

Daquela nossa cantiga

Minha saudade era tanta..."

Neste instante, Marinho foi obrigado a tossir, porque estava com bronquite. Tossiu e concluiu:

"Que a tosse não quer que eu diga."

                                                          O poeta era conhecido como a "Águia do Sertão". 

Lourival Batista Patriota, o Louro do Pajeú, era repentista, considerado o "rei do trocadilho". Nasceu em São José do Egito, sertão de Pernambuco, a 06 de janeiro de 1915. Concluiu o curso ginasial em 1933, no Recife, de onde saiu com a viola nas costas, para fazer cantorias.Foi um dos mais afamados poetas populares do Nordeste e, além da cantoria, a outra única atividade que exerceu foi a de banqueiro de jogo do bicho, mas sem sucesso. Irmão de outros dois repentistas famosos (Dimas e Otacílio Batista) e genro do poeta Antônio Marinho (a "Águia do sertão"), foi um dos grandes parceiros do paraibano Pinto do Monteiro. Satírico e rápido no improviso, era temido por seus competidores. Certa vez, um repentista que com Louro participava de uma cantoria terminou uma estrofe com os seguintes versos: "Sou igualmente ao dragão/Do Rio Negro falado". Ao que Louro respondeu: "Pra ser dragão tás errado/Mas Lourivá já te explica/Tira letra, apaga letra/Tira letra e metrifica/Tira o” d “, apaga o” r “/Bota o "c" e vê como fica". Louro morreu em São José do Egito, a 05 de dezembro de 1992. 

Dimas Batista Patriota, nasceu no ano de 1921, na então Vila Umburanas, município de São José do Egito, hoje cidade de Itapetim-PE. Filho de Raimundo Joaquim Patriota e Severina Batista Patriota ambos paraibanos. Dotado de uma intelência Privilegiada, aos cinqüenta anos de idade, formou-se em letras clássicas na mesma faculdade de onde seria professor de língua portuguesa. Era considerado o cantador mais culto de todos os tempos. Além de repentista renomeado, era historiador geógrafo e poliglota. Dimas fez a sua primeira cantoria aos quinze anos de idade, na cidade de São José do Egito. Faleceu em Fortaleza em 1986, vítima de acidente vascular cerebral; sepultou-se em tabuleiro do Norte, local onde residia. Obras: Jesus Filho de Maria; História da CNEC (Em versos); As Três cruzes;Desafio (Dimas e Cabeleira) 

Otacílio Batista Patriota, nasceu a 26 de setembro de 1923, na então Vila Umburanas, município de São José do Egito, hoje cidade de Itapetim - PE. Filho de Raimundo Joaquim Patriota e Severina Batista Patriota. Otacílio vem de uma família de poetas e cantadores.Era sobrinho do primeiro cantador do nordeste brasileiro, Ugulino do sabugi, irmão dos poetas Nicandro Nunes da Costa e Agostinho Nunes Filho da Costa, entre outros, cantadores de primeira qualidade. Há em toda família mais de 100 cantadores. Ele começou sua carreira e cantou pela primeira vez no dia 06/01/1940. Além de poeta, repentista e escritor foi vereador e presidente da Câmara em Tabuleiro do Norte - CE.

      Em 1980 cantou para Sua Santidade o Papa João Paulo II no estádio Castelão, em Fortaleza-CE.

Obras: Poemas que o Povo Pede; Antologia Ilustrada dos Cantadores; Ria até cair de Costa; Poemas e Canções; A Criança Abandonada; O Caçador de Veado; Versão Apimentada do Velho João Mandioca; O Que é Que me Falta Fazer Mais. É autor dos versos da música: Mulher Nova Bonita e Carinhosa, gravada por Amelinha e incluída no livro: “Poemas que o Povo Pede”. 
 

veja a seguir um pequeno comentário que o grande artista brasileiro Antônio Nóbrega disse a respeito dos irmãos Batista: 

 

" Dois poetas, ignorados pela crítica culta e pelas grandes editoras, mostram que há uma poesia além dos castelos" 

 

Em sua aula-espetáculo no Teatro Brincante, na Vila Madalena, em São Paulo, o maior artista popular do Brasil, Antônio Nóbrega, tem repetido a queixa que virou uma espécie de bandeira de sua militância nos palcos do Brasil – o esquecimento da cultura popular pelos que produzem a cultura dita erudita no Brasil. Apesar de Manuel Bandeira haver escrito um poema memorável, Violeiros do Nordeste, dizendo que ele mesmo, membro da Santíssima Trindade da poesia culta do Brasil neste século, ao lado de Carlos Drummond de Andrade e de João Cabral de Melo Neto, não poderia ser considerado um poeta, se comparado à tríade de irmãos de repentistas Dimas, Otacílio e Lourival Batista Patriota, de São José do Egito, Pernambuco. Tonheta, o palhaço violinista, tem toda razão. Há mesmo um fosso difícil de transpor entre os violeiros da aldeia e os saraus do castelo. 

José Lopes Neto (Zé Catôta), nasceu no Riachão, município de São José do Egito, em 05 de agosto de 1917, tal qual versa o próprio poeta: 


 Eu nasci no Riachão, vizinho a Grossos.
 Quando eu morrer cada amigo
 Me leva pra sepultura
 Para a proteção dos ossos
 Cubram o meu caixão com terra
 De Riachão e de Grossos.


 Ele possui apenas nível primário de escolaridade e aos 17 anos, iniciou sua carreira artística. É um grande admirador de “ícones” como Antonio Marinho; Severino Lourenço da Silva Pinto, Job Patriota e de Lourival Batista. Filho de José Lopes Filho e de Euflasina Maria da Conceição. O popular Zé Catota fez do improviso sua marca registrada, o que lhe rendeu o reconhecimento da imprensa pernambucana, aparição no Fantástico e a gravação de especiais para televisões da França e da Holanda. 

É do Rei do Improviso a simplicidade e beleza do verso que segue:


“Até nas flores se vê
 A diferença da sorte
 Umas enfeitam a vida
 Outras enfeitam a morte”.

Rogaciano Bezerra Leite, filho de Manoel Francisco Bezerra e Maria Rita de Cerqueira Leite. Nasceu na fazenda Cacimba Nova, município de São Jose do Egito (hoje Itapetim-PE), a 01 de julho de 1920.

     Repentista nato cantou desafio durante a adolescência com os maiores violeiros da região. Em 1944 mudou-se para Fortaleza-CE, introduzindo até a Cantoria de Viola na aristocracia social, juntamente com os repentistas Siqueira do Amorim, Cego Aderaldo e outros.

     Em 1949, bacharelou-se em Letras Clássicas pela Faculdade de Filosofia do Ceará. Neste período realizou os Congressos de Cantadores de Fortaleza (Teatro José de Alencar) e de Recife (Teatro Santa Isabel), acontecimento inédito para o folclore nordestino. Rogaciano Leite foi poeta, conferencista, escritor, jornalista, foi homem de vários instrumentos. Um autêntico caçador de novidades, um pesquisador arguto e criterioso de problemas e fenômenos sociais, políticos e econômicos nos quatro cantos do país.

      Ganhador do Prêmio Esso de Reportagem em 1965 e 1966(com as reportagens “Na Fronteira do Fim do Mundo” e “Boa Esperança é Sonho Transformado em Realidade”).

     Faleceu no Rio de Janeiro no dia 07 de outubro de 1969 com 49 anos de idade, vítima de um enfarte. 

 

“Abraço-te com aplausos na certeza de que o teu livro terá uma grande e justa repercussão”
                (Opinião de Olegário Mariano integrante da Academia Brasileira de Letras sobre o livro Carne e Alma de Rogaciano Leite.)

João Batista de Siqueira (Cancão), Poeta popular, mais conhecido por Canção, nasceu em São José do Egito, a 12/05/1912.

     Em 1950, deixou de participar de cantorias de viola e dedicou-se apenas à poesia escrita. Sua obra já foi classificada pelos críticos como uma versão popular à poesia de poetas românticos como Castro Alves, Fagundes Varela ou Cassimiro de Abreu. Freqüentou a escola por pouco tempo ("não cheguei ao segundo livro") e foi, também, oficial de Justiça em sua cidade, onde morreu a 05/07/1982.

 

Livros publicados: "Meu Lugarejo”, Gráfico Editora Nunes Ltda, Recife, 1978; "Musa Sertaneja" e "Flores do Pajeú". Folhetos de Cordel de sua autoria: "Fenômeno da Noite", "Mundo das Trevas", "Só Deus é Quem Tem Poder".


Cancão deixou Três Livros publicados: 

- MEU LUGAREJO
- MUSA SERTANEJA 
- FLORES DO PAJEÚ 

Zeto*, Bia e Marinho, é dito que no sertão nasce um grande poeta a cada 100 anos. Em 1987, Antônio Marinho do Nascimento veio ao mundo. Carregava no nome a herança de quatro gerações de poetas. O bisavô, também Antônio Marinho do Nascimento, era rei dos cantadores. Nasceu 100 anos antes, em 1887. O avô, Lourival Batista Patriota, o Louro do Pajeú, rei dos trocadilhos. A mãe, Maria Beatriz Patriota do Nascimento, Bia, dona da voz mais conhecida do sertão. Marinho é filho, neto e bisneto de cantador. Não bastasse isso, José Marcolino — cantor, compositor e parceiro de Luiz Gonzaga — abençoou a chegada e profetizou o destino da criança: ‘‘Um poeta reconhece outro. Esse menino vai ser poeta’’. Marinho tinha pouco mais de um mês quando recebeu a visita de Marcolino. Dormia. Ao perceber a presença do grande poeta, o bebê despertou e se abriu em sorrisos. Foi a hora do reconhecimento. A avó, Helena Marinho, colaborou na profeci ‘‘Emprenhou pelo ouvido’’ de poesia os oito filhos e 14 netos. Sentado na perna da vó, ou mãe Nena, Marinho aprendeu a rima sertaneja.

     Ensaiava desde os três anos que ‘‘fracassado’’ combina com ‘‘passado’’ e ‘‘terra’’ rima com ‘‘serra’’. 

                                                          * Zeto, faleceu em 2002, veja reportagem completa no link NOTÍCIAS.

Gilmar Leite Ferreira, nasceu em 11 de novembro de 1960 em São José do Egito – PE, o Poeta é filho de Francisco Ferreira dos Santos com Rita Leite Ferreira.

     Criado na cidade conhecida como "A Terra da Poesia" e vendo figuras como as de Antonio Marinho, Rogaciano Leite, Cancão entre outros fazendo versos mundo afora, o garoto Gilmar Leite não podia ter escolhido outra coisa que não fosse ser poeta.

     Mais seria depois de ir para João Pessoa – PB, onde, através de estudos literários, conhece poetas como Castro Alves, Augusto dos Anjos e outros. Daí, dessa mistura entre a poesia popular e poesia clássica, revelou-se o poeta que existia dentro de si.

     Hoje é professor de Ed. Física em Caicó – RN, onde também reside. Pois, a poesia não dar retorno financeiro.

 

“É uma arte difícil de se viver, você botar uma viola no braço e viver dela hoje em dia, é muito difícil”.                                                                  Frase dita por Gilmar Leite confirmando a decadência da poesia repentista.

Roosevelt Pedroza Siqueira, reconhecido internacionalmente, o artista plástico droza Siqueira já fez mais de quatro mil telas, estando expostas em museus e galerias da Europa, América Latina e países da Ásia e África. No momento Roosevelt se prepara para mais uma exposição em São Paulo. Nascido em São José do Egito (PE), Roosevelt retrata na maioria de seu trabalho a paisagem do Nordeste.

"Procuro levar às minhas obras um pouco do Nordeste que está dentro de mim", afirma o artista.

     Com 30 anos de carreira, Roosevelt acha que o povo brasileiro precisa ter muito mais contato com a sua cultura, e denuncia que, "o povo brasileiro carece de cultura. No Brasil deveria haver muito mais espaço para a arte, principalmente a brasileira". O artista plástico já foi premiado pelo Salão de Artes do Comando da Polícia Militar de São Paulo, Instituto Alberto Mesquita de Camargo, entre outros. Roosevelt afirma que, "hoje, o povo não sabe o que é a arte de verdade. A mídia a inventa da forma que ela quer, e impõe isso ao povo". "O governo também não se preocupa em oferecer cultura à população".  

      Roosevelt tem seu nome biografado no dicionário das Artes Plásticas do Brasil. Nomenclatura artística 79, Art Trade International, Artes Plásticas Brasil 1989, 1995 e 1996, Artes Plásticas Portugal, Cofrart-1"O Livro das Artes", Livro das Artes 2000 - Vol. 3 Dicionário Nacional e Internacional - Civilização Brasileira além de inúmeras reportagens nos principais Jornais do Rio, São Paulo e outros estados, bem como por emissoras de rádio e TV de todo o país.

     Seus quadros estão espalhados por todo o Brasil e também EUA, Tchecoslováquia, Itália, Uruguai, Inglaterra, Espanha, Argentina, Israel, Costa Rica, Republica Dominicana, Holanda, Peru, Canadá, Porto Rico, Suíça, Venezuela, Austrália, Japão, México, Chile, Arábia Saudita e alguns Países africanos e asiáticos .

     Os quadros à óleo de Floriano (personagem interpretado por Tony Ramos, na novela anjo de mim), despertaram a atenção dos telespectadores pelo colorido harmônico das paisagens, retratadas por Roosevelt, verdadeiro autor para cenas que serviram de pano de fundo na novela global.

      Nascido no interior de Pernambuco, o artista retrata na maioria de suas telas a paisagem nordestina.

 

"Procura levar às minhas obras um pouco do nordeste que esta dentro de mim".

                                                                                                                                   Afirma Roosevelt. Um artista bem brasileiro internacionalmente reconhecido.

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